A
Virtude da Pobreza
“Por
vosso amor Cristo se fez pobre, a fim de que vós fôsseis ricos” (2 Cor 8, 9)
Assim como seu Filho se fez pobre, Maria
não quis ser diferente, e podemos constatar isso na própria Palavra de Deus em
Lc 2, 24 quando ela oferece um par de rolas ou pombas, que era a oferta dos
pobres, ao invés de oferecer o cordeiro, que era a oferta dos ricos.
Segundo relato de S. Pedro Canísio, Maria
poderia ter vivido tranquilamente com a herança de seus pais, mas preferiu ser
pobre e distribuir o que tinha em esmolas no templo e aos pobres. Por amor à
pobreza, ela também não recusou sustentar-se com o trabalho das próprias mãos,
fiando ou cosendo, como escreveu Boaventura Baduário. Já de acordo com as
palavras do anjo a Santa Brígida, os bens desse mundo não valiam para Nossa
Senhora mais do que cisco.
São Bernardo nos traz uma bela definição
sobre a virtude da pobreza quando diz que ela não consiste apenas em ser pobre,
mas em amar a pobreza. Diante de tudo que foi relatado, é difícil não acreditar
que Maria não a amasse, por isso ela é grande exemplo dessa virtude para nós.
Mas também podemos encontrar tantos e
tantos outros exemplos de vivência dessa virtude, inspirados na Nossa Mãe. São
Francisco de Assis é um deles, que decidiu deixar todos os bens que possuía
para viver uma história singular com Deus, em que sempre dizia: “Meu Deus e meu
tudo!”. Mais recentemente, como não lembrar do Papa Francisco, que sempre fala
dos pobres com um carinho especial, e com esse mesmo carinho e amor os trata,
como vemos em vídeos e fotos pelas meios de comunicação.
Ou seja, não foi apenas Nossa Senhora que
foi chamada a viver essa virtude, mas nós também somos chamados a vivê-la na
nossa realidade, e assim ficarmos cada dia mais íntimos do Pai.
Emílio Junior
Ministério de Intercessão Vida Nova
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