sexta-feira, 3 de outubro de 2014

As Virtudes de Maria

A Virtude da Pobreza

“Por vosso amor Cristo se fez pobre, a fim de que vós fôsseis ricos” (2 Cor 8, 9)

    Assim como seu Filho se fez pobre, Maria não quis ser diferente, e podemos constatar isso na própria Palavra de Deus em Lc 2, 24 quando ela oferece um par de rolas ou pombas, que era a oferta dos pobres, ao invés de oferecer o cordeiro, que era a oferta dos ricos.

    Segundo relato de S. Pedro Canísio, Maria poderia ter vivido tranquilamente com a herança de seus pais, mas preferiu ser pobre e distribuir o que tinha em esmolas no templo e aos pobres. Por amor à pobreza, ela também não recusou sustentar-se com o trabalho das próprias mãos, fiando ou cosendo, como escreveu Boaventura Baduário. Já de acordo com as palavras do anjo a Santa Brígida, os bens desse mundo não valiam para Nossa Senhora mais do que cisco.
    São Bernardo nos traz uma bela definição sobre a virtude da pobreza quando diz que ela não consiste apenas em ser pobre, mas em amar a pobreza. Diante de tudo que foi relatado, é difícil não acreditar que Maria não a amasse, por isso ela é grande exemplo dessa virtude para nós.
    Mas também podemos encontrar tantos e tantos outros exemplos de vivência dessa virtude, inspirados na Nossa Mãe. São Francisco de Assis é um deles, que decidiu deixar todos os bens que possuía para viver uma história singular com Deus, em que sempre dizia: “Meu Deus e meu tudo!”. Mais recentemente, como não lembrar do Papa Francisco, que sempre fala dos pobres com um carinho especial, e com esse mesmo carinho e amor os trata, como vemos em vídeos e fotos pelas meios de comunicação.
    Ou seja, não foi apenas Nossa Senhora que foi chamada a viver essa virtude, mas nós também somos chamados a vivê-la na nossa realidade, e assim ficarmos cada dia mais íntimos do Pai.


Emílio Junior
Ministério de Intercessão Vida Nova